Agora já estávamos próximos do objetivo, estando montado na Lucy, ao lado da carro?a que o grupo estava. Como outras carro?as, era puxada por um lagarto chamado de Kobos, parecido com uma Iguana da largura de dois adultos e 1 metro de altura. Para a viagem n?o ficar entediante, todos estavam conversando uns com os outros.

  —Um cavalo é 2 moedas de ouro!? — Agora eu estava descobrindo o motivo para todos duvidarem que eu tinha um cavalo.

  —Duas s?o para cavalos de campo, se você quiser um mais forte pode ser mais alto.

  —Por que o valor de um cavalo é t?o alto? — eu n?o conseguia colocar na cabe?a que o pre?o de um cavalo era de ouros.

  Marce o espadachim de espadas duplas e aprendiz e aspirante a cavaleiro ficou com um rosto pensativo.

  —Pelo que sei o motivo é a alta procura e pela dificuldade de criá-los, meu pai é um cavaleiro falou que além de um pre?o alto se n?o for bem cuidado desde um potro um cavalo dificilmente pode ser usado em batalhas intensas.

  —Entendo…

  Os gastos em Lucy s?o em média 1 prata por semana, isso é mais da metade da minha renda nas miss?es.

  "O problema é a baixa recompensa, para compensar isso estou fazendo 3 miss?es por dia e estou pegando tudo de útil que encontro no caminho." N?o me arrependo por gastar tanto em Lucy, ainda mais é por causa disso que posso sair do rank G t?o rápido, motivos que me levam a ficar apressado para subir de rank rapidamente.

  "E se for nesse pre?o n?o é de imaginar as carruagens sendo puxadas por esses pássaros gigantes, se o pre?o de compra já é de ouro ou de manter séria…"

  —Espera, quanto um fazendeiro gasta para manter um cavalo?— Perguntei.

  Desta vez foi Liz uma ca?adora que respondeu —Meu av? contava que gastava 2 pratas por dia.

  —Pelos deuses! como alguém consegue manter isso!?— gritou um dos integrantes.

  Outros ficaram surpresos e come?aram a conversar qual rank necessário para ao menos pensar em ter um cavalo, até calarem repentinamente e olhar para única pessoa que tinha um cavalo.

  —... — Eu n?o consegui fazer nenhum som com a pancada da realidade.

  "N?o estou cuidando bem da Lucy?" Minha mente estava branco sabendo o pre?o, na alimenta??o de Lucy comprei 3 sacos de gr?os diversificados e dava aos poucos durante a semana junto de alguns complementos, mas agora sabendo que um cavalo de fazenda comia 2 pratas por dia comecei a duvidar.

  "O velho Nebor n?o me contou sobre esse detalhe!" Nebor só havia contado sobre tipos de ra??es que poderiam dar a Lucy para crescer saudável e treinamento para ser um grande cavalo, um cavalo de batalha com potencial de ser usado até nas guerras.

  Olhei para Lucy e comecei a inspecionar em detalhes seu corpo, Lucy precisava ser uma égua de batalha para nossas futuras jornadas. Seu corpo ainda era magro, mas n?o como antes e músculos mais aparentes mostrando boa saúde apesar de ser um filhote.

  "Agora que paro para pensar nunca vi Lucy exausta" Lucy muitas vezes correu nessas semanas e só ficava um pouco cansada, nunca exausta.

  —Garota, você já passou fome?

  —Off

  "Nunca…" Agora estava ficando preocupado e se Lucy estiver com fome e n?o está contando ou ela está usando outra coisa para se manter saudável. Enquanto pensava me lembrei de algo que o Velho Nebor falou com uma express?o muito séria.

  —Moleque outra coisa que n?o deve esquecer é dar uma pequena por??o de mana para ela todos os dias e quando você despertar sua aura fa?a a mesma coisa

  —O que acontece se eu fizer isso?

  —Vamos dizer que sua pequena égua vai se sentir mais confortável nesse frio.

  "Lucy está usando a minha mana como energia?" Se esse for motivo para ela se manter saudável seria uma grande surpresa.

  —Garota vou usar mana em você ok?

  Lucy simplesmente balan?ou a orelha como permiss?o. Estendi a minha m?o para sua nuca e transferi a mana, mantive a mana constantemente para saber o caminho que era percorrido. A mana transferida se estendeu até os vasos sanguíneos e percorreu pelo corpo de Lucy até chegar nos músculos, órg?os e ossos se fundido tornando mais fortes e com mais vitalidade, mana em excesso foi para o est?mago e se transformou.

  —Nebor seu desgra?ado mentiroso.— Sussurrei.

  Isso estava além de só sentir confortável, era quase como dar estimulante só que de uma maneira nada prejudicial. Claro que a mana n?o podia substituir alimenta??o e o corpo deveria ser alimentado, por isso que Lucy comia as por??es que eu dava.

  "Mas isso só funciona com seres que já saibam usar mana ou que fazem de maneira inconsciente." E se ela continuar absorvendo mana e futuramente aura seu corpo será como uma criatura que flechas comuns nem podem arranhar.

  —Pessoal um animal pode absorver mana?— O grupo já havia perdido interesse, voltaram a conversar.

  Sara olhou para mim e respondeu a pergunta com sinceridade em sua voz baixa.

  —Nunca vi um animal comum absorver mana, li que há casos raros onde um animal absorveu mana e se tornou uma criatura mágica.

  —Hum…

  O resto da viagem n?o pude me concentrar nas conversas, a única coisa que ocupava a minha mente era como treinar a mim mesmo e despertar minha aura. Chegamos na entrada da floresta ao escurecer ent?o tivemos que acampar, fiquei com Roy e Sara discutindo o tipo de estratégia, e quando terminamos percebemos que Sara já havia dormido.

  —Atalis você tem certeza que consegue enfrentar goblins sozinho? —Roy perguntou repentinamente

  Ele tinha um olhar afiado e tinha preocupa??o em vez de dúvida em sua voz.

  —Desde que você e Sara me apoiam por trás, ainda mais, muitos dos goblins que vir?o já estar?o enfraquecidos.

  —Eu n?o confiaria muito nisso.

  —Eu sei, por isso que estou levando pomadas e veneno.

  Concordamos que eu estaria na frente, Sara enfraquece os que est?o afastados com a flecha mágica e Roy vai cuidar daqueles que eu deixar passar. No final fomos dormir, Lucy já estava deitada mantendo a guarda para um possível ladr?o, me deitei ao seu lado. Pude sentir alguns olhares para mim e minha grande bolsa térmica para esse frio.

  No dia seguinte todas equipes estavam preparadas, para limpar os goblins da floresta as duas equipes de ataque foram primeiro. A equipe principal e a minha fomos depois de uma hora mental, fomos na dire??o dos relatos que o ninho estaria. Lucy ficou para trás por n?o conseguir galopar muito bem na floresta.

  N?o foi difícil achar o ninho indo para possíveis locais que ele estaria através do mapa e por ser uma floresta próxima de uma vila era bem conhecida pelos ca?adores. Escondidos nos arbustos observamos o ninho, era uma caverna profunda aparentemente. Talvez por causa do frio n?o tinha muitos goblins de vigia sendo 4 a vista, dois estavam na entrada da caverna e outros estavam um pouco afastados e ocupavam a parte direita e esquerda, assim, fazendo uma vigia circular.

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  —Isso é um pouco engenhoso para goblin.— Disse Roy inclinando a cabe?a confuso

  —Como assim? — Eu n?o conhecia muito sobre goblins a n?o ser o que estava escrito nos livros.

  —Meu pai era o guardi?o da minha vila, ele já lidou com alguns ninhos em sua vida, e ele me contou que muitas das vezes nem havia vigia.

  —Ent?o esses goblins s?o mais expertos?— Comentei.

  Foi nesse momento que o escudeiro da equipe principal entrou —Provavelmente n?o, as pessoas do vilarejo devem ter vindo para resolver a situa??o, mas fracassaram e os goblins que n?o tinham vigia aprenderam a li??o.

  Ouvindo isso prestei mais aten??o, suas aparência era um pequeno humanoide de cor cinza, nariz inchado, rugas por toda a pele, orelhas grandes e n?o usava roupas, ele estava olhando para os pássaros enquanto babava…

  —Vocês cuidam dos vigias enquanto nós vamos para a caverna, ok?

  Assenti com a cabe?a, esse era o verdadeiro teste para a minha equipe, se matarmos os vigias e entregar a confirma??o de morte minha equipe será promovida.

  —Roy, você cuida da direita?

  —Pode deixar.

  —Sara mantenha-se preparada.

  Sinalizei para Roy e Sara peguei uma das minhas adagas, uma espada n?o serviria para essa situa??o, Roy pegou o arco e foi para direita. Fui para esquerda tentando n?o fazer barulho, e quando cheguei perto peguei uma pedra de um bom tamanho e joguei em uma das árvores fora de vis?o do goblin.

  Tak

  —Giik?— Seu grito parecia uma lixa arranhando algo.

  O goblin caminho rapidamente até chegar no barulho e vendo que n?o tinha nada tentou se virar, nisso tudo ele n?o me viu aproximando e impedindo de virar. Com o bra?o enrolado pela minha capa passei minha pelo pesco?o e comecei a apertar com todas as minhas for?as, também coloquei mana nos meus bra?os.

  —Ggaaa— O goblin que estava sendo sufocado tentou se soltar chutando ou puxando meu bra?o.

  Eu era um pouco mais alto e n?o dava para levantá-lo ent?o me joguei de lado no ch?o, e com adaga esfaqueei no seu peito.

  —Urg— Senti o impacto, mas n?o soltei, puxei a adaga e esfaqueei no mesmo lugar novamente. Ficamos assim por um tempo até o goblin parar de lutar e ficar mole.

  —Fuuu, Haaa, fuu

  Retirei o meu aperto e controlei a minha respira??o, levantei minha m?o estava com sangue vermelho do goblin agora morto.

  "Tiro o fígado agora? N?o, vamos voltar e me encontrar com Roy." Contei as duas orelhas do goblin para a confirma??o de abate e fui para o ponto de partida. Lá encontrei a equipe principal segurando uma risada, uma Sara encolhida e um Roy pintado de vermelho, com rosto fechado.

  —O que…

  —N?o pergunte, vamos, temos que lidar com aqueles dois.

  Fechei minha boca e segui ele junto com a equipe principal para lidar com os restantes. As duas últimas vigias estavam na entrada da caverna, os dois estavam desleixados quase dormindo na pedra que encostaram.

  —Dessa vez eu fico com o da esquerda. — Disse Roy já puxando seu arco.

  "Sério o que aconteceu lá?" Assenti com a cabe?a já puxando minha espada, abaixei o meu corpo pronto para correr, estávamos uns 10 metros.

  —Vamos atacar juntos no três.— Sussurrei.

  N?o recebi uma confirma??o, mas pude ver que era um silêncio de entendimento.

  —Hum, dois… três!— gritei e comecei a correr junto com a equipe principal.

  No momento em que ouvi Roy soltar o arco, uma flecha passou voando na minha vis?o e acertou a barriga do goblin da esquerda. O goblin da direita percebendo os intrusos ficou alerta e come?ou a correr para dentro, já o da esquerda se ajoelhou gritando.

  —Cuide dele, vamos entrar no ninho!— Gritou o líder para mim.

  -Certo.

  Quando mudei a minha dire??o para o goblin da direita, outra flecha voou acertando agora o peito matando o goblin da esquerda.

  —Giiiiiiik!

  Recobrando o juízo o goblin tentou atacar a equipe principal, mas foi impedido por mim, sua m?o atingiu minha espada e foi empurrada pela minha for?a fortalecida.

  —Giik!

  "7 segundos" Foi o tempo que passou, agora deveria acabar ele antes de aparecer os que fugirem da caverna.

  Roy come?ou a luta e passou 6 segundos desde a primeira flecha, a próxima estará pronta em 4 segundos. Recuperei a minha espada e fiz um corte horizontal, o goblin que estava recuperando o equilíbrio n?o consegui desviar. Com um grito miserável um corte feio foi feito no peito, ele n?o conseguiu recuperar o equilíbrio e caiu de bunda marcando seu fim.

  Recuperei a espada rapidamente e fiz uma estocada, o goblin tentou se levantar nesse tempo foi perfurado no feito. Na carne macia tive resistência do osso e com simples mudan?a de posi??o passei pela fresta, acertando seus órg?os coloquei meu peso na espada assim indo mais fundo, o goblin segurou a parte da lamina na tentativa de retirá-la.

  —Giik— Os seus olhos perderam o brilho e seu corpo ficou mole.

  —Fuuu—Respirei fundo e parei a circula??o de mana, dei uma olhada rápida na caverna e n?o havia nenhum goblin à vista.

  "Agora é só esperar" Me encontrei com a minha equipe, fizemos os preparativos para possíveis fuj?es, passei óleo e veneno na espada, Roy recuperou as duas flechas e orelhas do goblin e entrou em posi??o, Sara concentrava em sua mana.

  —Sara agora você tem que matar pelo menos um, o resto podemos te ajudar.— Cada um tinha que matar pelo menos um goblin para subir de rank, n?o deixamos Sara matar um dos vigias pela magia por ser chamativa demais estragando o elemento surpresa.

  —Sim…

  Fiquei na frente da caverna já em posi??o de combate, Roy um pouco atrás e Sara ao seu lado já pronta para lan?ar o feiti?o. Tinha gasto uma parte de minha mana e f?lego, cansa?o podia ser controlado o problema era mana, só tendo usado em duas lutas quase metade foi gasta.

  Para n?o gastar muita mana usarei mais a for?a física natural só usarei quando a for?a do inimigo for maior que a minha. Dez minutos depois as primeiras vítimas apareceram.

  —Gaaaa

  —Giiiii

  Os gritos vieram de dois goblins desesperados, um deles estava sem um dos bra?os, e o outro tinha um corte feio no olho, os dois nos viram hesitaram por um momento, mas continuaram avan?ando.

  —Preparem-se!

  Com meu grito os dois ficaram em guarda, e quando se aproximaram o suficiente gritei um nome.

  —Sara!

  Sara finalmente liberou seu feiti?o, a mana em forma de flecha voou rapidamente com um zumbido em linha reta acertando o goblin sem um dos bra?os, a pequena criatura nem teve tempo de reagir quando o centro de seu peito foi perfurado só deixando um buraco que podia ver o outro lado. O corpo continuou a correr por uns 2 segundos até cair.

  "Isso n?o é muito forte para a classe G?" Tanto eu quanto o goblin caolho ficamos surpresos por uma morte t?o rápida, talvez até o Roy já que n?o tinha nenhuma flecha voando.

  —Roy! — Voltei meus sentidos e gritei e corri preparando um ataque.

  Uma flecha voou por mim acertando o ombro do caolho, cheguei perto ataquei de cima para baixo, o goblin pareceu confuso tentando me atacar de uma distancia que seus bra?os n?o alcan?a. Percebendo seu ataque falho o caolho bloqueou com outro bra?o, a espada foi bloqueada. N?o tinha for?a para atravessar o osso ent?o puxei a espada. O caolho gritou em agonia sentindo a espada passando pela sua carne, eu n?o liguei para isso, a espada recuperada fiz mais uma estocada em dire??o a boca. Quando a espada perfurou sua garganta os gritos cessaram e o goblin tinha um olhar de…

  "Alívio?" O olhar perdeu o brilho logo em seguida, tirei minha espada do corpo sem vida.

  "Por que alívio?" Minha boca agora estava amarga, nenhum ser vivo fica aliviado com a morte normalmente.

  Voltei meu olhar para a caverna ainda estava escura agora fazia barulhos de gritos dos goblins. "Ele ficou traumatizado? Ou há algo pior… vamos manter a guarda."

  —Roy.

  —Sim?

  —Sua for?a máxima e de qual nível?

  Roy me deu um olhar duvidoso com a minha pergunta, mas respondeu.

  —Se eu usar mana no meu bra?o será… rank F alto no máximo.

  —E você Sara.

  —N?o sei bem… rank E talvez? Ficarei sem mana depois.

  Roy olhou para meu equipamento perguntou.

  —E você Atalis?

  —Só poderei dar um golpe de rank F normalmente, mas montado em Lucy rank E.

  Isso n?o era uma suposi??o, eu e Lucy tivemos que lutar juntos com aparecimento de um monstro rank F repentino e o derrotamos cortando seu corpo em dois com a carga de Lucy junto do meu ataque.

  —Porra, eu sou único que n?o tem um ataque de dois rank acima.

  Segurei uma risada com a observa??o de Roy, mas agora sabendo que temos um ataque de rank E posso ficar um pouco tranquilo, ent?o porque esse gosto amargo n?o sai de minha boca. Estava escurecendo nesse meio tempo mais dois goblins apareceram, eles estavam em ótimo estado ent?o foi uma luta demorada e assim que acabou, percebemos que os gritos da caverna cessaram. Mas n?o vimos nenhum sinal de sua saída.

  Sara querendo ir embora o mais rápido possível perguntou impaciente —Eles ainda n?o terminaram?

  —Acho que est?o pegando os fígados— Respondi com sinceridade.

  —Ficar aqui para pegar algo que vale 1 moeda de cobre a cada saco? — Roy perguntou no tom sarcástico. —N?o vale o esfor?o, goblins s?o só uma praga que n?o tem nada de valor.

  Quando eu ia usar o tema para ter uma conversa fiada percebi uma sombra correndo na caverna, era o escudeiro só que ele estava sozinho e seu rosto estava desesperado. O gosto amargo tornou-se mais intenso estava prestes a gritar para todos fugirem, mas n?o foi necessário com um barulho de algo cortando o ar e seu objetivo acabou sendo o escudeiro, perfurando seu peito, n?o, seria melhor dizer que atravessou.