home

search

Capítulo - 04 Cotidiano e Plano.

  Estou na cidade há duas semanas, a temperatura estava mais fria chegando no ápice do inverno. Nesse tempo estive aqui, fiz várias miss?es de classe F e estou me preparando para miss?es de classe E. Tive comida farta, melhorei o físico agora pare?o alguém da minha idade, o treinamento de espada está um pouco atrasado por n?o conseguir manusear normalmente agora como estou levando meu treino a sério para futuramente usar uma espada longa e alabarda.

  Melhorei muito nessas duas semanas o manuseio de minha mana, com medita??es finalmente consegui acumular mana o suficiente para ser usada no aprimoramento físico. Sem mana eu tenho a for?a de uma crian?a e se usá-la terei a for?a de um adolescente. E quando fiquei bom em manuseá-la comecei a treinar

  —Vamos lá Atalis, isso é tudo? Continua me atacando!— Gritou o homem que estava duelando.

  —Isso já é judia??o!— Gritei em injusti?a.

  —Seja bem vindo ao mundo novato!

  O homem que eu estava duelando era Algran, um mercenário sênior de rank C médio, era bem alto, o conheci por acaso quando voltava de uma miss?o. Ele tinha cabelos ruivos junto de uma barba aparada, seu corpo era um alto armário musculoso, usava uma espada curta junto de um escudo, mas agora só estava com a espada, rosto era áspero e de certa forma dava uma ilus?o de um pai rigoroso.

  Ele estava me ajudando com minha esgrima e para despertar minha aura mais cedo quando chegar a hora, também ajudou no treino do meu corpo e a teoria de lutas para minha inexperiência.

  —Haaa, Haaa— Eu estava cansado, balan?ar uma espada por muito tempo para ficar chocando com um espadachim treinado com experiência n?o é brincadeira.

  Vendo o meu cansa?o, Algran deu um sorriso provocador.

  —Já está cansado?

  —N?o.

  Disparei para frente ao responder, mantive minha postura baixa e minha espada em guarda. Algran respondeu com uma postura com a espada na frente e o corpo inclinando. Quando cheguei perto para entrar no ponto cego empurrando meu corpo para direita, tentei fazer um corte segurando a espada com as m?os usando a for?a do meu corpo para ter mais poder. Isso provou ser inútil quando Algran bloqueou meu ataque movendo a espada rapidamente.

  Clack. O barulho de metal soou como se tivesse batido em uma pedra, a for?a do impacto quase me fez perder a espada. Eu n?o teria for?a para puxar a espada e fazer um corte, ent?o fiz uma estocada.

  Vendo minha inten??o, Algran simplesmente inclinou no corpo fazendo a estocada ser um fracasso quando minha espada foi para o ar. Girei meu corpo, mas tive que parar quando senti um frio no pesco?o, era a lamina de Algran.

  —Previsível e lento. — Poucas palavras de ensinamentos contendo sinceridade.

  Ele retirou a lamina a colocou na bainha, já eu, me sentei no ch?o encharcado de suor.

  —Como… eu fui?— Perguntei com voz cansada.

  —Atalis sendo sincero foi bom para um novato, mas na sua postura vi muitas aberturas que podia ser exploradas com muita facilidade e algo que me incomoda— Algran ficou seu olhar em mim com uma express?o séria — N?o sei como, mas me parece que você tem um teoria de como usar um tipo de esgrima só n?o consegue aplicá-la na prática por falta de experiência.

  —Ent?o tenho que ter mais lutas.

  A esgrima que Algran está falando é um estilo desenvolvido pelo Luke com toda sua experiência de ca?ar monstros.

  —Atalis vou te dar um conselho como mercenário, n?o pratique essa esgrima.— Disse Algran com um rosto de um veterano.

  —O que!?— Fiquei sem rea??o com um súbito conselho.

  —Já tivemos cinco duelos, tenho uma grande experiência de vida e posso lhe dizer novato. — Enquanto falava, ele entrou em uma posi??o de combate. —Essa esgrima foi feita para matar criaturas irracionais seria boa nas m?os de aventureiros, mas para mercenário é ineficiente.

  Enquanto dizia isso, Algran fez sua esgrima pude perceber uma esgrima lenta e conservadora, onde conserva sua resistência e defesa.

  —Mercenários devem ser fluidos Atalis, temos que ser adaptativos a qualquer tipo de combate. — Foi nesse momento que a esgrima mudou, de conservadora para uma enxurrada, da defesa para o ataque absoluto. —Saber quando devemos atacar e defender, também quando deve ser limpo ou áspero.

  Como se estivesse enfrentando um inimigo invisível, Algran mudou constantemente sua esgrima, como uma dan?a que mudava de ritmo, violento para gracioso, de gracioso para um violento. N?o havia incongruência, era muito natural nem dando a oportunidade de perceber se n?o prestasse aten??o.

  —Incrível.— Isso é a única coisa que podia dizer. Era totalmente diferente do meu conhecimento, só agora pude perceber.

  "No antigo mundo n?o passava de uma crian?a balan?ando um graveto." Por ser uma era que abandonou a espada fazendo de um simples esporte, n?o existe a essência vista agora. Essa é a sensa??o transmitida, mesmo tendo poder para decapitar o inimigo n?o havia tal beleza.

  "Agora pude perceber algo diferente entre os mundos. Terráqueos s?o bestas irracionais que balan?am um graveto, nesse as pessoas s?o seres refinados que usam o graveto."

  Algran continuou sua demonstra??o por um período de tempo desconhecido, fiquei ali observando aprendendo o máximo possível. Quando percebi já estava meio dia, Algran colocou a espada na bainha e se virou.

  —Vamos parar por aqui agora, nós dois estamos ocupados n?o?

  —Infelizmente sim. — Fiquei deprimido por n?o poder ver mais dessa esgrima, eu poderia tirar algo dela.

  —N?o fique assim Atalis, possivelmente estarei aqui quando você concluir seu contrato. — Com isso Algran me deu um soco leve no ombro e partiu.

  Fui na dire??o contrária indo para a pousada para pegar minhas coisas e partir para fazer o meu contrato. O contrato era de rank F para destruir um ninho de goblin, será concluído assim que o ninho for destruído por outro grupo de aventureiros de rank E juntos se tornaram um grupo de rank D. O grupo que eu participo matará os errantes.

  Goblins eram uma das criaturas de mais baixo nível, sozinho é um rank G, mas por sempre estarem em bandos a maioria de seus trabalhos s?o de classe F ou E e quando há mutantes pode ser um trabalho E superior. Por eu ser um rank G fazendo seu primeiro trabalho de rank superior com risco de achar um bando de goblin, estarei fazendo isso junto de outros aventureiros.

  Estando um dia de viagem da cidade preparei suprimentos para 3 dias junto de equipamentos de ca?a e po??es alquímicas, se for para colocar em valor estou levando 2 moedas pequenas de prata para fazer uma miss?o que paga 5 moedas de cobre pequenas por goblin.

  Enjoying the story? Show your support by reading it on the official site.

  "Tenho que manter a faixa de gastos para ter lucro nessa miss?o" Claro, coisas caras eram coisas como saco de dormir, lampi?o, ent?o só roubando para ter perdas.

  —Lucy, você está carregando coisas preciosas para mim, n?o tenha piedade entendido?

  —Off

  —Boa garota.— A elogiei dando tapinhas no seu pesco?o.

  Tendo a confirma??o de Lucy, montei nela fui para a guilda, horário de encontro seria depois de meio dia era ambíguo mas n?o critiquei, relógios eram caros sendo o mais barato uma moeda de prata estando fora da faixa de pre?o de um aventureiro rank F. A guilda n?o estava muito longe e a cidade n?o tinha muita gente por causa do frio, ent?o chegamos relativamente cedo.

  Na guilda desmontei de Lucy deixei ela à vontade, só avisei para n?o ir muito longe. Lá dentro uma atmosfera animada era visível com diversas pessoas bebendo e rindo, qualquer que entrasse pela primeira vez, aconteceu comigo também, pensaria se da mesma organiza??o, mas se você olhasse bem veria uma divisória entre duas organiza??es.

  Uma pequena diferen?a já dizia muito, um tipo de faixa no cart?o a mostra onde vermelho para Mercenário e marrom para aventureiros. Um corredor no meio da guilda n?o era só uma caminho para o balc?o, era também uma "fronteira" separando os dois tipos de viajantes, uma separa??o respeitada por todos.

  Entrei deixando meu Cart?o à mostra, o cart?o n?o tinha muita coisa a n?o ser uma quantidade de miss?es feitas e um título amarelado, ent?o n?o era um problema mostrá-lo sem ocultar as informa??es. Se fosse dizer algo de notável seria na faixa do meu cart?o come?ando marrom e terminando em vermelho entregando a fac??o a qual eu iria pertencer. Resumindo assim que tivesse as qualifica??es se tornaria um mercenário.

  Quando entrei junto de um frio, recebi alguns olhares da multid?o quando viram meu cart?o perderam o interesse. Ouvi algumas conversas aqui e ali, as ignorei e caminhei até o balc?o fui atendido pelo mesmo homem do primeiro dia.

  —Oi Laspe, tudo de bom?— Perguntei ao homem no balc?o.

  Laspe era um recepcionista veterano profissional, ele tinha um olhar afiado junto de um rosto severo, parecia ter uns 40 anos.

  —Por enquanto n?o tivemos brigas. — disse com um encolher de ombros — Mas vamos deixar isso de lado, você está aqui para a miss?o dos goblins certo.

  Eu assenti com a cabe?a. Laspe deu um sorriso e se abaixou para pegar alguns papéis e colocou em cima do balc?o.

  —Essas s?o as informa??es reunidas sobre o terreno, quantidade vistas de goblin e possíveis locais de esconderijo.

  —Certo. — Peguei os documentos e comecei a revisar as informa??es.

  Nos documentos havia algumas informa??es sobre a espécie junto dos costumes que o ninho apresentou, aparentava ser agressivo aos humanos já que atacou uma vila 3 vezes. Os documentos também tinha subprodutos dos goblin deixavam que podiam ser usados e vendidos, anotei no meu caderno pessoal, por algum motivo o fígado era uma iguaria, com diversas formas de cozinhar

  —Isso está certo?— Vendo isso ser a coisa mais preciosa de um goblin fiquei meio enojado.

  —Atalis, pode ter certeza que todo viajante terá comer fígado de goblin alguma vez na sua vida sendo ele for?ado ou n?o.

  —Nojento. — Terminamos a conversa com mais algumas trocas de informa??o sobre os goblin fui para o ponto de encontro marcado.

  A equipe estava em uma mesa larga no total havia 9 das 16 pessoas, todos estavam usando equipamentos de couro ou tecido, espadas com ferrugem, arcos desgastados e um usava um bast?o com algumas runas. Reportei a minha chegada para um homem que aparentava estar nos 20.

  —Ent?o você é um dos errantes e um espadachim pelo visto, tem uma dupla que está precisando de alguém para linha de frente, tenta com eles.— Disse ele me observando de perto.

  —Obrigado.

  Terminando mais algumas trocas de palavra fui na dire??o da dupla apontada, era um garoto com um arco e uma garota com um bast?o.

  "Um arqueiro e mago, n?o é uma composi??o muito boa, mas dá pro gasto". Me aproximei dos dois, perceberam minha presen?a e come?aram a olhar pro meu equipamento.

  Eu estava usando uma armadura de couro completa, uma espada velha com alguns arranh?es, uma pequena bolsa com po??es úteis e duas adagas para emergência. Para um classe G ou até para um F esse equipamento era melhor da média, ent?o recebia alguns olhares de ciúmes.

  O arqueiro tinha um rosto novo, cabelos pretos, olhos cinza e estatura baixa demonstra ser uma crian?a, usava também uma armadura de couro incompleta sendo a parte superior mais protegida, uma adaga no coldre, o arco aparentava ser um do modelo de ca?a comum. Já a garota usava uma roupa de tecido comum, seus cabelos eram castanhos junto de seus olhos grandes, o rosto era pequeno dando uma sensa??o de fofura e ela evitava meu olhar mostrando ser tímida, o bast?o só tinha três runas e tinha aparência desgastada.

  A dupla me encarou com curiosidade em vez de cautela, seus olhares demoraram na minha armadura e depois para meu cart?o.

  —Olá sou Atalis meu rank G e como podem ver sou um espadachim, queria saber se posso me juntar a vocês— Falei da maneira mais amigável e com um sorriso.

  —Sou Roy, um aprendiz de rastreador sou do mesmo rank— Com apresenta??o curta ele olhou para garota. —N?o vejo problema de você se juntar, e você Sara?

  A pequena Sara era uma maga, o que era raro pelas informa??es que adquiri do mago da equipe de Algran, além de ter uma afinidade natural eles tinham dificuldade para ter filhos por sua concentra??o de mana nos órg?os. Os olhos grandes tinham uma pitada de ansiedade, retribui com um sorriso tranquilizador.

  —Também n?o vejo problema…— Sua voz era baixa como a de um esquilo.

  —Ent?o tudo bem, espero confiar na sua espada Atalis. — Roy estendeu a m?o, aceitei com o meu aperto.

  —N?o se preocupe, sou confiável e espero o mesmo de vocês.

  Com o grupo feito nós sentamos em uma das mesas próximas vazias, tivemos algumas conversas técnicas como as habilidades de cada um. Contei a eles que podia usar mana para melhorar meu físico e n?o tinha despertado minha aura. Roy contou sobre suas habilidades de rastreamento, sobrevivência e arquearia. Sara tinha conhecimento de alguns feiti?os básicos, n?o eram muita coisa, o único feiti?o atacante era flecha de mana se pudesse considerar um feiti?o sendo só uma massa de mana concentrada.

  A conversa foi agradável e informativa quando terminamos de conhecer as habilidades uns dos outros e come?amos conversar sobre assuntos do dia a dia.

  —Todos da subjuga??o do ninho goblin venham se reúnem!

  O adolescente que era o líder dessa subjuga??o chamou todos assim que o último membro veio, e 16 adolescentes se reuniram em uma mesa, cada um com equipamentos variados.

  —Se todos est?o aqui vamos revisar o plano para subjuga??o e assim que eu terminar irei deixar todos fazerem perguntas entendido?

  —Sim!— Muitos gritaram e outros acenaram com a cabe?a.

  —Ent?o irei come?ar.

  O plano era simples, dois grupos ir?o ficar na área em volta do ninho para matar os goblins que est?o espalhados enquanto a equipe principal destrói o ninho a 3° equipe irá ficar do lado de fora para matar qualquer goblin que sair. Era uma estratégia recomendada pela guilda, mas só deve ser usada se a equipe principal aguentar um ninho de goblin, olhei para a equipe principal com um olhar de dúvida, eu n?o era o único. Percebendo nossos olhares, o líder do grupo estendeu a m?o e algum tempo depois uma pequena bolinha de cor branca apareceu, a bolinha era algo que todos n?o magos desejam despertar.

  —Aura…— disse um dos espectadores.

  O líder vendo nossos olhares surpresos encheu o peito de orgulho.

  —Eu e meus colegas despertamos nossas auras e o mago completou seu fundamento de mana, ent?o acho que temos for?a para enfrentar um ninho.— Se todo o grupo principal despertou, ent?o provavelmente eles teriam for?a para enfrentar o ninho sem dificuldade.

  —Bom, agora vejo motivo para seguir o plano. — disse um espadachim duplo de outro grupo.

  Todos tiveram a mesma opini?o ent?o fomos para o balc?o e pedimos por uma carro?a, a equipe principal pagou por uma carro?a só para eles, os outros tiveram que pagar por outra ent?o dividiram o pagamento entre eles.

  E no final ficou as equipes ficou dividido assim:

  Equipe principal: Líder Hiro espadachim.

  Equipe de guarda: Líder Atalis espadachim.

  Equipe de ataque 1: Líder Cai Escudeiro.

  Equipe de ataque 2: Líder Liz Arqueira.

  Todos já estavam entregando suas moedas de cobre até perceberem que eu n?o havia tirado minhas moedas

  —Atalis você n?o paga?— Perguntou um espadachim.

  Vendo seus rostos duvidosos, contei sobre a Lucy. —N?o preciso, tenho uma égua chamada Lucy.

  —Você tem cavalo?— Roy tinha um olhar de surpresa.

  Eu assenti com a cabe?a.

  —Espera que você é o Filho do comerciante dos rumores!?

  —Haaa— Com meu suspiro comecei a contar a velha mentira de ser um fugitivo.

  "Sério, quanto custa um cavalo? Eles s?o realmente t?o caros?" Quando eu tive uma resposta para meus pensamentos nunca teria imaginado qu?o aben?oado era por ter Lucy.

Recommended Popular Novels